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sexta-feira, dezembro 14, 2012

Robert Parker rende-se à Ásia

O que pode acontecer quando o mais influente crítico de vinhos se associa a capitalistas de Cingapura.

Robert Parker é “a” notícia da semana do mundo do vinho. Um dos mais – ou o mais – influente crítico de vinhos da atualidade, o norte-americano Parker anunciou mudanças em sua famosa newsletter, a Wine Advocate. A publicação, que consagrou a pontuação de vinhos pela escala de 100 pontos, agora terá sócios investidores de Cingapura. O próprio Parker deve reduzir sua participação na publicação. Ele será o chaiman da nova empresa e o responsável pelas avaliações de vinho de Bordeaux e de Rhône, as duas regiões francesas de sua predileção (vale sempre lembrar que foi a safra de 1982 de Bordeaux a primeira a dar fama ao crítico).

Com as mudanças, a edição da Wine Advocate, que hoje conta com 50 mil assinantes, passará a ser feita por Lisa Perrotti-Brown, atualmente editora da publicação para a Ásia. Os novos sócios – que, em entrevista ao Wall Street Journal, foram chamados apenas de visionários por Parker, que não revelou seus nomes – têm planos ambiciosos. Vindos da área de tecnologia da informação e do mercado financeiro, eles devem incrementar sensivelmente a versão digital da publicação. Há a ideia até de terminar com a versão em papel da Wine Advocate até o final de 2013, migrando seus assinantes para o online. Também está previsto a comercialização de anúncios, o que sempre foi vetado por Parker.

A mudança mostra, do lado pessoal, que Parker, aos 65 anos, quer reduzir o seu ritmo de trabalho e, quem sabe, até pense em se aposentar. E, do lado comercial, indica, claramente, para onde está indo os investimentos de vinhos. “O mercado asiático está amadurecendo na última década e seria irrealista não fazer parte dele”, afirmou Parker ao Wall Street Journal. A Decanter, publicação inglesa de vinhos, por exemplo, conta com um colunista também em Cingapura, o Publisher do The Singapure Wine Review, Ch´ng Poh Tiong. E são os chineses quem estão inflacionando os preços dos vinhos nos últimos anos.

A novidade traz também um grande desafio para a publicação, que sempre pregou pela sua independência. Parker nunca aceitou anúncios em suas páginas, por exemplo. Mas o fato é que a saudável separação entre informação e negócios foi arranhada no passado recente, quando se descobriu que o responsável por avaliar os vinhos espanhóis para Parker, Jay Miller, estava negociando para visitar vinícolas e provar vinhos naquele país.

ESTILO por Suzana Barelli

Tem 12 mil euros sobrando?...Participe da maior degustação de vinhos de todos os tempos!

Antes que o mundo "acabe" no próximo dia 21 de dezembro, você poderá participar da mais exclusiva e luxuosa degustação de vinhos do mundo! Essa é a promessa do "The White Club", que promete oferecer a "um seleto grupo de amantes dos vinhos de luxo", uma degustação inesquecível e que irá durar todo o fim de semana próximo (de 14 a 16 de dezembro) no Château de Mercurey (Borgonha), por um custo de €12.000 por pessoa, algo em torno de R$32.400.


A seleção de vinhos inclui safras históricas do Domaine de la Romanée-Conti, do mítico produtor Henri Jayer, de Premiers Grands Crus Classés de Bordeaux, Pétrus, Penfolds Grange e Vega Sicilia. Tudo isso, acompanhado por pratos elaborados por um chef de classe mundial.

"Este fim de semana vai ser uma uma experiência de vida que inclui um roteiro completo pelos prazeres da culinária e do vinho que ninguém jamais testemunhou antes", comentou Malene Meisner, CEO do The White Club.

Os participantes irão começar o fim de semana, na manhã de sexta-feira, com uma degustação de vinhos do DRC de seis décadas, incluindo Romanées-Conti (1957, 1978, 1997), La Tâches (1928, 1947, 1963) e Richebourgs de 1963 e 1975.

O "The White Club" é um clube privado internacional criado pela sommelière e organizadora de eventos Melanie Meisner, focado na degustação dos vinhos mais finos e raros do mundo. O acesso ao clube é feito apenas por convite, e é limitado a apenas 50 membros de todo o mundo.

O clube organiza em torno de 10 a 12 degustações públicas por ano em todo o mundo e tem a sua própria adega com cerca de 10.000 vinhos finos.

Veja a incrível lista de vinhos que será degustada neste evento no Château de Mercurey:

Sexta (14 de dezembro) - Manhã - Domaine Romanée-Conti
Romanée-Conti 1957, 1978, 1997
La Tâche de 1928, 1947, 1963
Richebourg 1963, 1975

Jantar: Restaurante Levernois (Beaune) - Chef Philippe Augé - Domaine Romanée-Conti
Romanée-Conti 1922, 1923, 1929, 1935, 1942, 1954, 1969, 1973, 1974, 1975
La Tâche 1940 Magnum, 1973, 1975, 1976, 1990, 2002, 2003
Richebourg 1940 Magnum, 1945, 1999
Grands Echézeaux 1969, 2003

Sábado (15 de dezembro) - Manhã - Borgonhas
Romanée-Conti 2003, 1989
La Tache 1962, 1964, 1978
Echézeaux 1958, 2003
Grands Echézeaux 1957
Romanée-Saint-Vivant 2003
Richebourg 2003
Henri Jayer Echézeaux 1992
Henri Jayer Cros Parantoux 1979

Jantar adicional (€800): Chef privado do The White Club
Château Mouton Rothschild 1982
Château Lafite 1996
Château Margaux 1929
Epicurean 2007
Vilafonté M Series 2010
Château Latour 1990
Ornellaia 1984
Masseto 2006
Quintarelli Amarone 2003
Vega Sicilia Unico 1970
Château Pétrus 1998

Domingo (16 de dezembro) - Almoço adicional (€1200)
"O Mundo dos 1ers Crus de Bordeaux encontra os Borgonhas Grands Crus"
(além de outros grandes vinhos...)
Pingus
Penfolds Grange
Château Mouton Rothschild
Château Latour
Château Lafite
Château Pétrus
Château Margaux
Château La Mission Haut-Brion
Cheval Blanc
Château Haut-Brion
Vega Sicilia Unico
Château Ausone
Chambertin Clos de Beze
Charmes Chambertin
Clos de La Roche
Clos de Tart
Bonnes Mares
Musigny
Clos de Vougeot
Echézeaux
Grands Echézeaux
La Grande Rue
Richebourg
Romanée St. Vivant

Jantar de encerramento
Horizontal 1er Cru Classé 1988
(Lafite, Latour, Margaux, Haut-Brion e Mouton Rothschild)
Horizontal 1er Cru Classé 1998
Horizontal 1er Cru Classé 2008

Fonte: The Drinks Business
Vinhos e mais Vinhos

quinta-feira, dezembro 06, 2012

Vandalismo inexplicável em Montalcino

Verdadeira tragédia aconteceu na noite do último domingo na região de Montalcino, na Itália. Todos os “botti” (termo que em italiano significa tonéis de carvalho utilizados para estagiar os vinhos) do renomado Gianfranco Soldera, dono da Azienda Agrícola Casse Basse di Soldera, foram abertos e esvaziados, na calada da noite. A totalidade da produção da vinícola foi literalmente para o ralo, desde a safra 2012 que começava seu ciclo de estágio em madeira, até os de 2007, que estavam em fase final de amadurecimento prestes a serem engarrafados. Ao todo 600 hectolitros de seus Brunellos foram perdidos, algo em torno de 80 mil garrafas. A produção era segurada, e o produtor deverá receber a indenização pelo acontecido, mas como toda a produção foi perdida, e os vinhos de Gianfranco estagiam de 5 a 6 anos em carvalho, a vinícola passará por um longo período sem comercializar seus tintos, logo, sem arrecadar dinheiro. Segundo a polícia, há indícios que os autores dessa barbárie pertencem ao crime organizado local.
CBN EXPRESS