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quinta-feira, março 17, 2011

Colheita na Villa Francione Safra 2011

A colheita nos vinhedos de propriedade da vinícola catarinense Villa Francioni, deve começar na primeira semana de abril. Para esta safra a expectativa é de que sejam colhidas em torno de 150 toneladas de uvas. Entre as variedades estão: Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Merlot, Malbec, Syrah, Sangiovese, Pinot Noir, Petit Verdot, Chardonnay e Sauvignon Blanc.

Toda a colheita é de responsabilidade de um grupo de profissionais com larga experiência nas atividades que tem o controle absoluto das operações, desde o cultivo até a vinificação. O grupo fixo permite um controle mais rígido na qualidade da produção dos vinhos, “situação que não seria possível em casos de contratações sazonais ou de profissionais com pouca experiência”, afirma o enólogo da Villa Francioni, Orgalindo Bettú.

Para esta safra a expectativa é de que sejam produzidas 150 mil garrafas entre todas as variedades de uvas colhidas. A vinícola localizada à uma altitude de 1.260 metros acima do nível do mar, mantém a produtividade por hectare nesta safra, ou seja em torno de 3 a 4 toneladas.

Orgalindo Bettú afirma ainda que, “esta safra promete ser magnífica, uma das melhores dos últimos anos”. Um dos fatores que reforçam esta expectativa é de que a qualidade de uma determinada safra é definida pelo tempo de maturação das uvas e as condições do clima no período final da maturação. Pela própria geografia e pelos sistemas de manuseio dos vinhedos da Villa Francioni, a maturação final ocorrerá exatamente entre abril e maio, período em que está prevista seca por influência de “la niña”.

COLHEITA ABERTA À VISITAÇÃO

Neste ano, a novidades nos vinhedos da Villa Francioni será a participação de visitantes e turistas na colheita. Os grupos de até quinze pessoas poderão participar de todo o processo de vinificação, desde a colheita até o envazamento das garrafas. As visitas, agendadas com uma semana de antecedência, serão realizadas de segunda à sexta-feira, no período da manhã. O custo por pessoa será de R$100 reais (incluído lanche). As inscrições poderão ser feitas no site da vinícola: www.villafrancioni.com.br

DESLOCAMENTO DE HELICÓPTERO

E a partir de agora quem quiser conhecer a sede da Villa Francioni em São Joaquim, na serra catarinense, poderá fazer o deslocamento pelo ar, de helicóptero. A direção da vinícola acaba de formalizar uma parceria com a empresa Aero Transfer Helisul. Os turistas poderão partir de destinos como Jurerê Internacional, Ponta dos Ganchos, Ilha do Papagaio, Costão do Santinho além de Balneário Camburiú, Joinville, Blumenau e Criciúma. Segundo a diretora comercial da Villa Francioni, Ana Skaf “além da rapidez e conforto proporcionados pelo voo de helicóptero, os visitantes poderão deslumbrar a paisagem da serra catarinense vista de cima”. O tempo de voo previsto a partir de Florianópolis é de 50 minutos. As reservas podem ser feitas através do site da vinícola ou pelo site da empresa: www.helisul.com/aerotransfer

Rute Enriconi
Assessoria Imprensa Villa Francioni
(48) 99602904
(48) 88149838
twitter: @enriconi

sexta-feira, março 11, 2011

Argentinos ultrapassam chilenos como maiores fornecedores de vinho do mercado americano

Atualmente o circuito do vinho em Mendoza ainda é dominado por argentinos, mas franceses, chilenos, portugueses e austríacos também foram produzir lá

O primeiro fim de semana de março chega a Mendoza, no oeste da Argentina, com uma festa popular que marca tradicionalmente o início da colheita das uvas. Elege-se a rainha dos vinhedos - desta vez uma loira de olhos verdes com sobrenome alemão e 1,73 metro de altura - e uma multidão lota o anfiteatro encravado nas montanhas que precedem os Andes. No sábado à noite, 27 mil pessoas fazem uma contagem regressiva e erguem seus copos de plástico cheios de vinho tinto, distribuído pelo governo, para confraternizar no "maior brinde do mundo", conforme anuncia o locutor oficial.

Há muito mesmo o que comemorar. Em um país conhecido pela improvisação e pela falta de diálogo, a indústria vitivinícola argentina constitui um exemplo de como o planejamento de longo prazo e a parceria entre governo e empresas, aliados a uma indiscutível vantagem comparativa, são capazes de mudar a cara de um setor da economia.

Duas décadas atrás, a Argentina exportava US$ 15 milhões em vinho e tinha menos de 1% do mercado mundial. O consumo doméstico era alto, uma herança dos costumes trazidos por imigrantes espanhóis e italianos, mas baseava-se em garrafões do estilo Sangue de Boi. Havia uma crise de preços, com políticas governamentais que visavam expandir o cultivo de uvas a zonas áridas para gerar empregos, sem nenhuma consideração por seus efeitos colaterais, como a implantação de vinhedos de baixa qualidade e o excesso de oferta.

O panorama hoje é completamente diferente. As exportações de vinho engarrafado chegam a US$ 650 milhões e representam 3,9% do mercado mundial. O faturamento da indústria alcança US$ 2 bilhões e ela emprega 350 mil pessoas. Investimentos estrangeiros e de grupos locais modernizaram o sistema de produção. Graças à promoção comercial, o charme da uva malbec ficou associado à Argentina mundo afora.

O consumo interno hoje é de 26 litros por habitante ao ano, menos da metade do que no fim dos anos 80, mas se sofisticou e os vinhos finos conquistaram espaço. "Se isso fosse uma corrida de Fórmula 1, eu diria que estamos ganhando um segundo por volta", compara Sergio Villanueva, diretor da União Vitivinícola Argentina (UVA). "No ano passado, ultrapassamos o Chile e nos tornamos os maiores fornecedores dos Estados Unidos."

O que gerou toda essa transformação? A desvalorização do peso, em janeiro de 2002, tornou os ativos locais mais baratos e ajudou a atrair mais investimentos estrangeiros. Também reforçou a competitividade dos vinhos no mercado externo, ao baratear o preço em dólar. Mas a indústria vinícola começou sua mudança quase dez anos antes.

Em 1994, as duas maiores províncias produtoras, Mendoza e San Juan, fizeram um acordo para regular a produção de uvas e evitar a superoferta. O governo nacional, que à época defendia a abertura da economia, abriu as portas do país para as importações. Barricas e tonéis da França e dos Estados Unidos chegaram às vinícolas. Telas de granizo e irrigação por gotejamento, antes pouco vistas nas plantações de uvas, tornaram-se comuns. Por causa da paridade um por um entre o peso e o dólar, foi possível pagar enólogos reconhecidos, como o italiano Alberto Antonini, para prestar consultoria.

Por um lado, o excesso de produção foi controlado. Dos 320 mil hectares de área plantada em 1990, restaram 70% atualmente. Houve um processo de concentração no cultivo. "Hoje temos 1,2 mil hectares de produção própria e 300 fornecedores exclusivos, o que garante a qualidade das uvas", diz Mayra Maioli, gerente de relações públicas da Bodega Trapiche, uma das mais tradicionais da Argentina, com 125 anos de história.

A queda do consumo doméstico - fenômeno relacionado à diversificação da oferta de bebidas e ao prolongamento da jornada de trabalho nos centros urbanos - obrigou as vinícolas a pensar seriamente nas exportações, mas a inexistência de uma "marca país" jogava contra a abertura de mercados. Foi aí que apareceu a Wines of Argentina, uma inédita tentativa de coordenação entre os produtores, e dos produtores com o governo.

A entidade reúne mais de 200 adegas, que se juntam para divulgar seus vinhos no exterior, com o apoio de instituições como o Ministério das Relações Exteriores, a Fundação Exportar e o governo da Província de Mendoza. Para 2011, estão previstas cerca de 300 ações comerciais, em mais de 40 países - do Brasil ao Reino Unido, dos países nórdicos à Ásia. A divisão de tarefas é considerada essencial. Diferentemente do Chile, onde as exportações estão concentradas em três vinícolas e só a Concha y Toro detém 50% das vendas, a Argentina tem uma dispersão enorme de atores - já são mais de 400 adegas exportadoras.

"Protagonizamos uma experiência pioneira e, ainda hoje, única na Argentina. No mercado doméstico, éramos competidores. Mas no mercado externo não éramos nada, o que gerou um grande espírito de grupo", explica o diretor-geral da Wines of Argentina, Mario Giordano.
A promoção comercial era um dos pilares do Plano Estratégico 2020, que voltou a reunir produtores e governo, na virada do século. Um dos objetivos definidos foi alcançar 10% do mercado internacional em 20 anos. O Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (INTA), equivalente à Embrapa na Argentina, entrou com sua parte. Desde então, trabalha com as vinícolas para desenvolver técnicas de cultivo.

Os investimentos estrangeiros, antes e depois da desvalorização do peso, começaram a abundar. Hoje o setor ainda é dominado por argentinos, mas tem franceses (Flecha de los Andes), chilenos (Trivento e Finca La Celia), portugueses (Finca Flichman) e austríacos (Norton).

Além da compra de vinícolas, houve investimentos que começaram do zero. É o caso da família Reich, do Chile, que adquiriu 35 hectares então inexplorados, para a implantação de vinhedos, nas imediações de Mendoza em 2002. As instalações foram completamente novas. "Com a crise argentina, pagamos um quarto do que gastaríamos hoje", afirma Patricio Reich. Nove anos depois, a Bodega Renacer fatura US$ 4 milhões e exporta 85% de sua produção de vinhos finos a 30 países. São aproximadamente 100 mil caixas (com 12 garrafas de 750ml cada), das quais o mercado brasileiro absorve 8%.

As vinícolas ainda estão longe de um ambiente de negócios perfeito. Há imposto de 5% às exportações - devolvido pelo governo, sem juros, dois anos depois - e a ausência de financiamentos baratos e de longo prazo complicam novos investimentos sem capital próprio. Faltam acordos de livre comércio que possibilitem vendas ao exterior sem a incidência de tarifas, como o Chile tem com os Estados e a União Europeia.

"Até no Brasil, apesar do Mercosul, os vinhos chilenos estão entrando mais facilmente do que os argentinos", pondera Reich. Diante das frequentes rusgas no comércio bilateral, os vinhos argentinos já sofreram a aplicação de licenças não automáticas no Brasil, como represália a barreiras semelhantes adotadas contra produtos brasileiros na Argentina. Mesmo com essas dificuldades, no entanto, sente-se prosperidade em Mendoza: o mundo, incluindo os apreciadores brasileiros de vinho, parece ter se rendido à cor púrpura do malbec.
Daniel Rittner - Valor Online | De Mendoza - O repórter viajou a convite do governo de Mendoza

quinta-feira, março 03, 2011

Vinícola Concha y Toro anuncia aquisição da Fetzer Vineyards e expande suas operações para a Califórnia

A Vinícola Concha y Toro e a Brown-Forman Corporation anunciaram no dia 01 de março a aquisição pela vinícola chilena da Fetzer Vineyards e os seus ativos relacionados a Brown-Forman na Califórnia. O valor da transação é de US$ 238 milhões. A transação deve ser concluída em abril de 2011, sujeito a regulamentação e outras condições habituais de fechamento.

A aquisição inclui o portifólio de marcas com atrativo posicionamento no mercado americano de vinhos, como Fetzer, Bonterra, Five Rivers, Jekel, Sanctuary and Little Black Dress. Em 2010, as marcas adquiridas representaram um volume de 3.1 milhões em caixas e US$ 156 milhões. Nesta aquisição estão inclusos os 429 hectares das vinhas no condado de Mendocino, na Califórnia, e adegas com capacidade de produzir 36 milhões de litros em Hopland e seis milhões em Paso Robles, além de uma engarrafadora. As principais instalações estão localizadas em Hopland, onde estão aproximadamente 240 funcionários.

Fetzer é uma das dez maiores marcas em volume no mercado americano, atingindo a marca de 2.2 milhões de caixas vendidas ao ano. Também é a pioneira no desenvolvimento de práticas sustentáveis e reconhecida como líder ambiental, um compromisso que tem sido uma marca da Fetzer nos últimos 20 anos. Bonterra é indiscutivelmente líder na categoria de vinhos orgânicos Premium e é pioneira no desenvolvimento de vinícolas nessa categoria desde 1987. Com vendas de 300 mil caixas ao ano, Bonterra é três vezes maior do que sua principal concorrente em vinhos orgânicos.

Eduardo Guilisasti, CEO da Vinícola Concha y Toro declara: “A aquisição da Fetzer é a maior transação desse tipo feita na história da companhia. Isso representa a continuação da nossa estratégia de negócios, que tem sido realizada com sucesso ao longo do tempo e nos permitiu um crescimento constante. Nós acreditamos que essa transação abre oportunidade de crescer globalmente, bem como no mercado Americano, com suas principais marcas Fetzer e Bonterra. Nós pretendemos ainda incorporar a cultura de excelência e comprometimento da grande equipe da Fetzer, que criou marcas sólidas de consumo com excelência”.

Paul Varga, CEO da Brown-Forman disse, “Fetzer e Bonterra tiveram maravilhosas marcas da Brown-Forman ao longo dos anos, mas como nossa empresa tem crescido globalmente e nossa estratégia de portifólio evoluiu, nós acreditamos que reorientar nossos recursos naquilo que julgamos ser as melhores oportunidades de crescimento vai proporcionar retornos superiores para os acionista a longo prazo. E nós estamos lisonjeados que uma prestigiada vinícola como a CyT continue o legado de sucesso que a marca conquistou aos das décadas”.

Sobre a VCT Brasil

A VCT Brasil, filial e distribuidora do Grupo Concha y Toro, representa no País todos os produtos das vinícolas Concha y Toro e Trivento. Fundada em 1883, a Concha y Toro é a principal vinícola chilena e uma das maiores produtoras e exportadoras mundiais de vinho. Seus produtos são comercializados para mais de 135 países e está entre as 10 maiores companhias de vinho do mundo. Possui cerca de 9.300 hectares de vinhedos, o que permite à empresa garantir a qualidade na sua produção de vinho. Entre seus principais rótulos, destacam-se Amelia, Carmín de Peumo, Frontera, Gran Reserva, Sendero, Sunrise, Trio e Terrunyo, com destaque para as premiadas marcas Casillero del Diablo, Don Melchor e Marques de Casa Concha. A Trivento Bodegas y Viñedos é resultado da expansão do Grupo Concha y Toro para a Argentina, em 1996. Com um crescimento superior ao da indústria transandina, a Trivento ocupa a segunda posição no ranking de exportações de vinho argentino. Em seu portfólio estão vinhos como Amado Sur, Brisa de Otoño, Colección Fincas, Eolo, Golden Reserve, Reserva, Tribu e Trivento Espumantes, entre outros.

Sobre a Brown-Forman

Em 140 anos de história, a Brown-Forman Corporation enriqueceu sua experiência construindo marcas de bebidas alcoólicas de excelente qualidade como Jack Daniel’s Tennessee Whiskey, Southern Comfort, Finlandia, Jack Daniel’s & Cola, Canadian Mist, Fetzer, Korbel, Gentleman Jack, el Jimador, Tequila Herradura, Sonoma-Cutrer, Chambord, New Mix, Tuaca, Woodford Reserve, and Bonterra. A marca Brown-Forman tem o apoio de cerca de 4.000 funcionários e é vendida em aproximadamente 135 países.

Links:

www.conchaytoro.com

www.brown-forman.com

www.fetzer.com

www.bonterra.com


VCT BRASIL

quarta-feira, março 02, 2011

Brasil importa mais vinhos

Os brasileiros estão tomando mais vinhos importados. Somente no ano passado, a compra de vinhos estrangeiros cresceu 27% no País. Isso significa que a importação da bebida passou de 59,2 milhões de litros em 2009 para 75,3 milhões, em 2010. São 32 países vendendo vinho para o Brasil e o Chile lidera essa lista, com 46% do total de vendas. Os números, divulgados pelo Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), a partir de registros comerciais no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), superam o recorde anterior, que eram 60,8 milhões de litros, em 2007. De 2004 para cá, a importação de vinho estrangeiro praticamente dobrou, chegando a 93%.

A exigência do Selo de Controle Fiscal para vinhos nacionais e importados pela Receita Federal, a partir de janeiro deste ano, é a responsável principal pelo aumento atípico na importação de vinhos. Quatro países são responsáveis por 90% das compras pelas importadoras brasileiras: Chile, Argentina, Itália e Portugal. Os chilenos são os que mais vendem vinhos no Brasil, com 26,5 milhões de litros exportados para cá, em 2010, 46% do total de importações nacionais.

A Argentina é a segunda colocada no ranking. Os hermanos venderam 18 milhões de litros de vinhos aos brasileiros, em 2010. Esse número equivale à quantidade de vinhos brasileiros vendidos no nosso mercado. A Itália forneceu 13 milhões de litros de vinhos ao Brasil em 2010 e registrou um crescimento de 43% em relação a 2009. Portugal é o quarto maior vendedor de vinhos para o Brasil. No ano passado, as exportações portuguesas para o Brasil cresceram 35%, representando um total 8 milhões de litros de vinhos portugueses no mercado brasileiro.
por Rodrigo Leitão